segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Apesar de Pezão, UENF resiste bravamente


O esforço que o governo Pezão vem fazendo para inviabilizar a educação pública de qualidade no Estado do Rio de Janeiro não foi suficiente para impedir que a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) mantivesse seu lugar de destaque – que vem de anos – no Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado nesta segunda-feira.

Tanto que mesmo enfrentando problemas para manutenção, atraso no pagamentos dos vencimentos de todos os servidores, entre outras situações que caracterizam a pior crise enfrentada desde sua criação, ocasionada pela falta de repasses de recursos por parte do governo estadual, a UENF é apontada como a 12ª Universidade do país, segundo o Índice Geral de Cursos (IGC). Detalhe importante é que foi a primeira vez que a UENF atingiu o ICG-5, que é maior pontuação da escala que mede o desempenho das instituições de ensino superior do Brasil.

A conquista da UENF pode ser conferida em O Globo (aqui) e no blog Na Curva do Rio, da jornalista Suzy Monteiro, na Folha da Manhã (aqui).

Idealizada por Darcy Ribeiro, a Uenf, também conhecida como a Universidade do Terceiro Milênio, era um sonho antigo da população campista e regional e desde que foi fundada, há 24 anos, vem tendo papel de destaque no meio científico, por conta das pesquisas de ponta que desenvolve.

Atualmente, enfrenta uma greve dos servidores por causa do atraso no pagamento de agosto, setembro e outubro nos seus vencimentos, fora o 13° do ano passado, sem data definida para serem quitados.

Além da UENF, enfrentam problemas também a UERJ e a UEZO, que igualmente são mantidas com recursos estaduais. As três universidades participam do movimento Supera Rio, que se mobiliza para reverter o quadro caótico em que se encontram.

Em tempo: Pezão não é o único que vem tratando a educação com descaso. Em todo o país, a comunidade científica vem sofrendo com a política de corte de gastos implantada por Michel Temer e vários programas foram afetados.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Documentário sobre o Monitor Campista será lançado no Museu, nesta terça



O documentário “Monitor 183”, desenvolvido por um grupo de alunos do curso de Comunicação Social do Centro Universitário Fluminense (Uniflu), vai ser lançado nesta terça-feira (21/11), às 19h, com exibição no Museu Histórico de Campos, na Praça São Salvador. O material é fruto de uma demanda levada ao curso pelo professor e presidente da Associação de Imprensa Campista (AIC), Vitor Menezes, extraída na primeira reunião realizada no Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, no primeiro semestre deste ano, envolvendo ex-funcionários e representantes do próprio Arquivo, pesquisadores e a AIC.O objetivo é trazer reflexão sobre a necessidade de reativar o Monitor Campista, jornal que encerrou as atividades por decisão do grupo Diários Associados Assis Chateaubriand em 15 de novembro de 2009, mesmo a empresa estando operando no azul.


O trabalho, que durou aproximadamente quatro meses, tem 26 minutos de duração e foi desenvolvido por seis alunos do 7° período do curso, que participaram da pesquisa e ouviram 11 pessoas, entre ex-funcionários do jornal (fotógrafos, repórteres e editores), além de uma historiadora, uma colunista e uma antropóloga. O roteiro ficou a cargo do professor Mozarth Dias, enquanto a pós-produção e finalização couberam ao professor Victor Hugo Berenger – com imagens de Armando Ribeiro e edição de Maurício de Castro, ambos do Uniflu. O trabalho é dos alunos Aline Mendes, Geovana Barcelos, Jhony Diorel, Marília Faria, Tatiana Martins e Romário Junior.  A projeção será precedida pelo curta "Correntes", do 8° período, seguida de debate.

– O nome do projeto é ‘Monitor 183’ porque o jornal teria hoje 183 anos e seria o segundo mais antigo do Brasil – quando fechou, era o terceiro mais antigo do país e o quinto da América do Sul. E também vendo essa necessidade de trazer, de relembrar a história que o jornal contou em quase dois séculos. Isso sem falar na importância de deixar viva essa busca pela implantação da marca Monitor Campista no cotidiano do morador da cidade, como mídia alternativa. É uma busca para comover entidades e também empresários, buscar essa discussão para reativar uma mídia que traga informações isentas de qualquer tipo de influência. Na realidade, a gente está trazendo à tona um debate sobre o fatídico fechamento do Monitor Campista, para tentar comover a população e as entidades que tanto tinham a colaboração desse jornal – informa Mozarth.


O documentário mostra a opinião de ex-funcionários que atuavam na empresa na época do fechamento e também fala sobre o reflexo da realidade midiática da região, preocupação também dos profissionais de mercado que participaram do projeto.

O curso de Comunicação também realizou um seminário sobre o tema, aberto a todos os alunos. Para este ano, estavam previstas uma exposição no Arquivo Público Municipal e uma edição especial do jornal, mas que, por motivos alheios à vontade das pessoas envolvidas na mobilização, não puderam acontecer.


O fechamento – O Monitor Campista foi fechado pelo Grupo Associados em novembro de 2009, mesmo operando com finanças capazes de bancar suas atividades. Naquele ano, o jornal deixava de circular o Diário Oficial da Prefeitura de Campos, o que deu um baque nas finanças da empresa. Após o encerramento das atividades, chegou-se a fazer um movimento pela reabertura do jornal, tendo inclusive havido uma tentativa de arrecadar recursos para a compra da marca Monitor Campista, que não conseguiu o valor exigido pelo presidente do Jornal do Commercio, Maurício Dinepi, que, anos depois, a cedeu (confira aqui) gratuitamente para a própria prefeitura.


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Pobre cidade rica



Num momento de crise e quando a população leva mais uma garfada com bandeira vermelha no consumo de energia elétrica, o blog flagrou, nos últimos dois dias (terça e nesta quarta-feira, 15/11), trecho da Rodovia RJ-216 (que liga Campos a Farol de São Thomé), entre o Parque Imperial e a Usina Santo Antônio, com as luzes dos super postes acesas, conforme mostram as fotos flagradas nos dois sentidos.


Convenhamos, um desperdício injustificável.