O
esforço que o governo Pezão vem fazendo para inviabilizar a educação pública de
qualidade no Estado do Rio de Janeiro não foi suficiente para impedir que a
Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) mantivesse seu
lugar de destaque – que vem de anos – no Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado
nesta segunda-feira.
Tanto
que mesmo enfrentando problemas para manutenção, atraso no pagamentos dos vencimentos
de todos os servidores, entre outras situações que caracterizam a pior crise enfrentada
desde sua criação, ocasionada pela falta de repasses de recursos por parte do
governo estadual, a UENF é apontada como a 12ª Universidade do país, segundo o Índice Geral de Cursos (IGC). Detalhe importante é que foi a primeira vez que a UENF atingiu o ICG-5, que é maior
pontuação da escala que mede o desempenho das instituições de ensino superior do Brasil.
A
conquista da UENF pode ser conferida em O Globo (aqui) e no blog Na Curva do Rio, da jornalista Suzy Monteiro, na Folha da Manhã (aqui).
Idealizada
por Darcy Ribeiro, a Uenf, também conhecida como a Universidade do Terceiro
Milênio, era um sonho antigo da população campista e regional e desde que foi
fundada, há 24 anos, vem tendo papel de destaque no meio científico, por conta
das pesquisas de ponta que desenvolve.
Atualmente,
enfrenta uma greve dos servidores por causa do atraso no pagamento de agosto, setembro e outubro nos seus vencimentos, fora o 13° do ano passado, sem data definida para
serem quitados.
Além
da UENF, enfrentam problemas também a UERJ e a UEZO, que igualmente são
mantidas com recursos estaduais. As três universidades participam do movimento Supera Rio, que se mobiliza para reverter o quadro caótico em que se encontram.
Em tempo: Pezão não é o único que vem
tratando a educação com descaso. Em todo o país, a comunidade científica vem
sofrendo com a política de corte de gastos implantada por Michel Temer e vários
programas foram afetados.