Empregos com
carteira assinada e o rendimento real habitual do trabalhador brasileiro
registraram queda em julho deste ano, conforme pesquisa divulgada hoje (20)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os empregos com
carteira assinada somaram, em julho, 11,3 milhões nas seis regiões
metropolitanas analisadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME). De acordo com
o IBGE, o número caiu 3,1% em relação a julho de 2014. Isso significa que há –
no mercado de trabalho – menos 359 mil pessoas com carteira assinada. Na
comparação com junho deste ano, também houve uma queda, de 1,5%, no número de
pessoas com carteira assinada. Os empregos sem carteira assinada somaram 1,98
milhão, com estabilidade tanto na comparação com junho deste ano quanto na
comparação com julho de 2014.
A população ocupada
total nas seis regiões metropolitanas ficou estatisticamente estável em ambas
as comparações temporais, em 22,8 milhões de pessoas. Entre os grupamentos de
atividades, os postos de trabalho mantiveram-se estáveis em todos eles, na
comparação com junho deste ano. Na comparação com julho do ano passado, houve
quedas na oferta de postos de trabalho na indústria (-4%) e na construção
(-5,2%). Os itens educação, saúde e administração pública registraram aumento
de 4,2% na população ocupada.
O rendimento real
habitual do trabalhador brasileiro caiu 2,4% em julho deste ano, em seis das
principais regiões metropolitanas do país, na comparação com o mesmo período do
ano passado. Segundo a PME, o rendimento ficou em R$ 2.170,70 em julho deste
ano. Em julho de 2014, o rendimento em valores atuais, corrigidos pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), era R$ 2.223,87. Na comparação com
junho deste ano, no entanto, o rendimento em julho ficou estatisticamente
estável.
Já em relação a
julho de 2014, o único segmento de atividades que teve alta no rendimento foi
educação, saúde e administração pública (0,7%). Os seis demais segmentos
tiveram queda: construção (-9,6%), indústria (-3,7%), comércio (-3,6%),
serviços prestados às empresas (-3,3%), serviços domésticos (-2,2%) e outros
serviços (-1,9%).No setor privado, no mesmo tipo de comparação temporal, houve
queda tanto no rendimento dos empregos com carteira assinada (-3,4%) quanto
naquele dos empregos sem carteira (-6%).
Entre as seis
regiões metropolitanas pesquisadas pela PME, na comparação com o ano passado,
houve aumento nos rendimentos em Porto Alegre (1,6%) e Salvador (1,3%). As
demais tiveram queda: São Paulo (-3,5%), Recife (-3%), Belo Horizonte (-2,9%) e
Rio de Janeiro (-2,8%).
(fonte: Radiobrás)
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