Entre
as medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo governo na última segunda-feira
(14) está a suspensão dos concursos públicos para o próximo ano. Segundo o
Ministério do Planejamento, o congelamento trará economia de R$ 1,5 bilhão. O
anúncio desanimou quem estuda para conquistar um cargo na administração
pública. No entanto, 2016 não será um ano completamente morto para os certames.
Os concursos que já foram autorizados estão mantidos.
Segundo
o Planejamento, estão preservados concursos autorizados em 2015 e com editais
previstos para 2016. No caso de concursos de períodos anteriores, inclusive os
homologados e aguardando autorização para nomear os aprovados, o Planejamento
informou que as nomeações estão mantidas, segundo o número de vagas previsto e
dentro do prazo de validade final do certame. Pela Constituição Federal, a
validade de um concurso é de até dois anos, prorrogáveis por igual período.
As
vagas asseguradas estão previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015, que
estabelece teto de 45.582 cargos. No caso da proposta de LOA de 2016, a ideia é
que os 40.389 cargos, dos quais 25.606 são do Executivo, sejam suspensos. Para
garantir a suspensão que, segundo o ministério, proporcionaria economia de R$ 1
bilhão ao Executivo e R$ 500 mil ao Legislativo e Judiciário, o governo terá de
alterar os projetos de lei da LOA e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
para o ano que vem. Ambas estão no Congresso Nacional para serem apreciadas. De
acordo com o Planejamento, as alterações serão enviadas ao Congresso em breve.
O
Ministério do Planejamento esclareceu ainda como fica a análise dos pedidos de
órgãos públicos para a realização de concursos. Pela legislação atual, os
órgãos do Executivo Federal encaminham os pedidos para a realização de novos
concursos à pasta até 31 de maio de cada ano. De acordo com o Planejamento,
isso ocorrerá normalmente e as novas solicitações serão analisadas no primeiro
semestre de 2016. No entanto, as autorizações para novos certames só sairão a
partir de 2017. Em nota, o ministério informou que “o governo federal está
fazendo um esforço fiscal e todas as áreas devem se adaptar à nova realidade, a
fim de garantir a eficiência da gestão pública”.
(com Radiobrás)
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