A primeira
edição do Festival Doces Palavras nesta quarta-feira (23), dia da abertura do
evento, contou com uma participação ilustre, a atriz e cantora campista Zezé
Motta, em um debate sobre “Identidade local e memória afetiva”, no plenário da
Câmara de Vereadores. Nascida na Usina Barcelos, em São João da Barra, ela
contou sua história e a capela cantou a canção “Cana Caiana”, onde a letra diz
que “sou ouro negro de Campos, dono dos canaviais”.
—
Sou campista-sanjoanense. Eu realmente nasci nessa terra - admitiu a atriz e
cantora. Ela falou de seu filme mais importante, Chica da Silva, em 1976, e de
seu primeiro destaque no cinema, o filme “Vai trabalhar vagabundo”, de 1973. A
artista disse que entre interpretar e cantar prefere a música. “Mas não abro
mão do cinema”. Para o futuro está gravando uma novela chamada “Escrava Mãe”, a
ser exibida pela TV Record, até o final deste ano.
Na
música começou como crooner nas noites de São Paulo. Além disso, defendeu o
envolvimento de artistas com a política e usou o trecho da canção nos Bailes da
Vida de Milton Nascimento. “Todo artista tem de ir onde o povo está” para
fortalecer seu posicionamento. Não consigo entender um artista apolítico”.
O
evento é o primeiro festival de literatura e doces do Brasil. Organizado pela
Associação de Imprensa Campista e pela Academia Campista de Letras, é realizado
em parceria com a Prefeitura de Campos e prossegue até domingo (27), com ampla
e diversificada programação, sempre a partir das 10h. E tem apoio da 12ª
subseção da OAB, Câmara de Vereadores, UENF, IFF e Liceu de Humanidades de
Campos.
Os
doces artesanais, que estão sendo comercializados, contam parte da história de
Campos. As atividades culturais acontecem na histórica Praça do Liceu de
Humanidades de Campos e nos prédios históricos do quadrilátero da praça, que
são o Palácio Nilo Peçanha, sede do Legislativo; palacete Villa Maria, Casa de
Cultura da Uenf; Espaço Antônia Leitão, na sede da OAB/Campos; e no saguão do
Liceu.
A
abertura do evento foi marcada com execução do Hino Nacional pela Orquestra de
Violões do IFF (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Fluminense), seguida por pronunciamentos de autoridades e dirigentes de
entidades da sociedade civil organizada, incluindo gestores das instituições
que apoiam o evento.
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