O Estado do Rio de Janeiro notificou mais de 53 mil casos suspeitos de dengue até
o fim de agosto. O dado representa aumento de 580% em relação ao número
registrado em todo o ano passado. Em 2014, foram quase 8 mil infectados pelo
Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. O número de mortes em
decorrência da doença também aumentou: foram 13 de janeiro até agora, três a
mais que de janeiro a dezembro de 2014. Os números são da Secretaria de Estado
de Saúde do Rio de Janeiro.
Apesar
do aumento significativo, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre
Chieppe, nega que o estado esteja vivendo uma epidemia e lembrou que em 2013 o
número de casos foi bem maior: 218 mil. Ele também explicou que o maior número
de casos este ano se deve à volta do vírus tipo 1, principalmente em municípios
do interior do Rio, que não tinham histórico de circulação desse vírus.
— Há
quatro tipos de vírus e a alternância deles faz com que ocorram esses surtos,
ou seja, que o número de casos seja maior em alguns anos do que em outros —,
disse
Para
o infectologista Alberto Chebabo, o aumento do número de casos é previsível. “O
aumento de casos se dá basicamente pela maior proliferação do mosquito, pela
entrada de um vírus novo e, consequentemente, pelo aumento de pessoas suscetíveis.
O paciente, ao ser infectado, cria imunidade somente ao tipo de vírus que
causou a doença. Com o passar do tempo, aquelas pessoas que não pegaram as
epidemias passadas, não têm essa imunidade”, informou.
Chebabo
reforçou que a melhor forma de prevenir a doença é combatendo o mosquito e pede
maior envolvimento da população. “A maior parte dos focos de dengue está nas
casas das pessoas. Elas sabem que precisam tomar as medidas de prevenção, como
não deixar água parada, e, ainda assim, muitas vezes não tomam essas
providências”.
Para
reduzir os impactos causados pela dengue, a Secretaria de Estado de Saúde
informou que realiza uma série de ações de prevenção. Uma delas é a campanha 10
Minutos Contra a Dengue, que estimula a população a investir 10 minutos por
semana para eliminar possíveis criadouros em suas casas, já que o ambiente
doméstico concentra 80% dos focos.
O site do
programa da Secretaria de Estado de Saúde traz todas as informações sobre a
campanha, como folhetos explicativos, a lista de ações que devem ser feitas
semanalmente, tirinhas do personagem Mosquiteiro, espaço para marcar a data em
que o morador fez a vistoria em casa. O material foi produzido também para que
gestores municipais tenham a opção de fazer o download do folheto e distribuir
para a população.
(com
radiobrás)
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