Depois
de o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) determinar que carros com mais de
dez anos de uso deveriam trocar de extintor (de BC para ABC), no começo deste
ano, o órgão decidiu, nesta quinta-feira (17), que não será mais obrigatório
ter o equipamento nos veículos que circulam no Brasil. A medida passa a valer a
partir do momento em que a decisão aparecer no Diário Oficial da União, algo
que deve acontecer entre esta sexta (18) e segunda (21).
Com
isso, o uso será opcional para carros, utilitários, camionetas, caminhonetes e
triciclos de cabine fechada. Até então, rodar sem extintor ou com ele vencido
era considerado infração média, com multa de R$ 127,69 e cinco pontos na CNH
(Carteira Nacional de Habilitação). Essa
medida que obrigava o uso do equipamento foi estabelecida em 1968 e passou a
vigorar em 1970.
O
extintor continua sendo obrigatório em caminhões, micro-ônibus, ônibus,
tratores e veículos de transporte de produtos inflamáveis.
O
Contran havia adiado para outubro a exigência de troca do item pelo tipo ABC
(carros produzidos desde 2005 já contêm esse tipo de equipamento). Por conta
disso, houve correria nas lojas e denúncias de alta nos preços.
Segundo
o presidente do Contran e diretor do Departamento Nacional de Trânsito
(Denatran), Alberto Angerami, a prorrogação teve como objetivo dar prazo para
reuniões com os setores envolvidos. "Tivemos encontros com representantes
dos fabricantes de exti
ntores, corpo de bombeiros e da indústria
automobilística, que resultaram na decisão de tornar opcional o uso do
extintor", explica o executivo.
Dos
fabricantes, o Denatran ouviu que era necessário um prazo maior, de cerca de
três a quatro anos, para atender a demanda. Porém, segundo o presidente
Angerami, essa justificativa era dada pelas empresas há 11 anos.
A Associação
Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) informou que dos dois milhões de
acidentes em veículos cobertos por seguros, apenas 800 tiveram incêndio como
causa. Desse total, somente 24 informaram que usaram o extintor, o equivalente
a apenas 3%. Além disso, estudos realizados pelo Denatran constataram que as
inovações tecnológicas introduzidas nos veículos nos últimos anos resultaram em
maior segurança contra incêndio. Entre as quais, o corte automático de
combustível em caso de colisão, localização do tanque de combustível fora do
habitáculo dos passageiros e baixa flamabilidade de materiais e revestimentos,
entre outras.
(fonte:UOL)
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